Aikido

Comecei a prática do Aikido em 1977 na escola Ten Chi do mestre Georges Stobbaerts. Nunca senti interesse pelas artes marciais, nomeadamente pelo Aikido, apesar de conhecer o Aikido desde 1975. Só quando, em Cascais, vi uma Kata de Aikido criada pelo mestre Georges Stobbaerts, apresentada por uma aluna e um aluno, me maravilhei com o Aikido. Fiquei maravilhado, não com o Aikido em geral, que pouco me diz, mas pelo Aikido do Mestre Georges Stobbaerts. Mantive-me na escola Ten Chi durante vinte e seis anos, os últimos vinte seis numa grande proximidade com o mestre. Acompanhei o mestre em estágios e demonstrações não só em Portugal, mas também na Suíça, Reino Unido, Brasil, Espanha, Bélgica e Japão.
O facto de durante dezasseis anos ter podido estar numa grande proximidade do mestre foi um privilégio, pois não vi em nenhum outro lugar este Aikido maravilhoso. Não ouvi da boca de mais ninguém as palavras sábias do meu mestre. Toda a minha vida foi transmutada pela experiência do seu ensino. Cada vez que subo para o tapete, dentro de mim vai um agradecimento enorme para com esse ensinamento e para com o mestre. E cada vez procuro ser melhor, e as palavras e correcções do mestre continuam a ressoar dentro de mim. Nem um só momento abdiquei da ideia extraordinária da fluidez, da beleza, do deixar ser, do não fazer, da liberdade e amplitude do movimento.
Fiz cursos e segui aulas com quase todos os grandes mestres do mundo, na Europa, Espanha, Estados Unidos e Japão. Mutsuko Minegishi, Yoshimitsu Yamada, Moriteru Ueshiba, Seiichi Sugano, Nobuyoshi Tamura, Osawa Hayato, Seishiro Endo, Alahoui Mbarak, Yasuno Masatoshi, Kobayashi Yukimitsu, são exemplos de alguns desses mestres. Com todos eles aprendi mas a minha única referência foi e continua a ser o Mestre George Stobbaerts.
(Na foto – eu e o mestre Stobbaerts na praia do Paiva no Brasil)

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